terça-feira, 25 de junho de 2013

Ama a Vida


Tatuaste-me sem contrapartida,
entregando-te sem qualquer pudor.
Na fragilidade das linhas, encontraste a saída,
que te levará à descoberta do meu amor.

Na minha pele, amarei a vida,
até ao momento que este corpo se for.
Lembrança de uma pena que valida,
a alma deste, apaixonado, autor.

Na Infinidade, procuro a eternidade,
que com a tua descoberta alcancei,
exprimindo em palavras estas vozes sem lei.

Na simetria, procuro a harmonia,
que dentro de mim nunca experimentei,
até ao momento que te encontrei.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

O amor, em silêncio


A vontade não é só tua.
Não te julgues isolada.
Não te sintas como a lua,
em noites de solidão apresentada.

Essa consciência do que sentes,
em todas as suas dimensões.
São elétrodos de sentidos ardentes,
que entram e saem de nossos corações.

Libertam marcas de eletricidade,
a cada beijo dissimulado de convite.
Obrigam a sentir essa louca vontade.
Apresentam a fome, em forma de apetite.

E essa gana que terás de perceber,
aceitar, saber conviver e encaixar.
Não é mais que o elixir desse, raro, querer.
É o amor, em silêncio, a aprender a gritar.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

As inseguranças do amor


As inseguranças do amor,
são apenas defesas para a dor,
caso ela te surja, sem avisar,
numa onda despejada pelo mar.
Mas essa vaga de sal, apenas servirá para temperar,
quando a pimenta da dúvida te resolver cozinhar.
E na tua mente, desbrotará uma chama de calor,
que te iluminará na fuga desse pavor.

As inseguranças do amor,
fazem-te de ansiedade palpitar,
nos saltos para o abismo do fervor.
Fazem-te constantemente duvidar,
se o que sentes para além de clamor,
não será uma energia pronta a usar.

As inseguranças do amor,
não passam do medo de sonhar,
que a vida se vive sem temor,
mesmo que nos tentem travar.

As inseguranças do amor,
servem para se ultrapassar,
sem qualquer tipo de pudor.

As inseguranças do amor,
são a especiaria do amar.


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dominas-me a vontade


Dominas-me a vontade.
Perco o controlo sobre mim.
Alimentas-me de ansiedade,
e nunca me deixas ir até ao fim.

Dás de beber a esta saciedade,
num copo com cheiro a jasmim.
E noutra flor, te escondes da verdade,
ansiosa por te sentir assim.

Recomeçando-te sempre, em nós,
num desejo que nunca morre,
num querer a uma só voz.

Seduzes-me com esse olhar que me percorre,
em recuos de um avanço atroz,
que me enlouquece, mas que sempre, me socorre.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Indefinição


Não sei se é por contágio, ou simplesmente por esse louco prazer.
Mas sinto que é teu apanágio, mostrares-me a razão do amanhecer.
Não sei, mas com o tempo descobrirei.

Não sei se é por respeito, ou masoquismo travestido de insanidade.
Mas sinto que não tenho o direito, de na distância te desejar infelicidade.
Não sei, mas com o tempo descobrirei.

Não sei! No entanto julgo que um dia descobrirei,
a definição desta indefinição que me neblina o que enraizei.

Não sei se é um presságio, ou a arte de, constantemente, duvidar do que sou.
Mas sinto que o meu naufrágio, se dará nesse corpo a quem, hoje, me dou.
Não sei, mas sinto que no teu labirinto me encontrarei.

Não sei se é um defeito, ou apenas uma estranha forma de te sentir.
Mas sinto que tenho jeito, para na escrita te amar, sem nunca te possuir.
Não sei, mas sinto que no teu labirinto me encontrarei.

Não sei! No entanto julgo que nesse dia apaziguarei,
este tântrico amor que fará de mim aquilo que serei.


quarta-feira, 5 de junho de 2013

O tempo acorda


Lunaticamente excitado,
carrego no acelerador da perdição.
Pelos teus beijos sou invadido de garra,
e ao retirar-te dessa camisa que te amarra,
saboreio-te o peito, que em confirmação,
me chama para o encore deste, tão ansiado, bailado.

Prenso-te contra mim, para me sentires a ereção.
Para sentires este teu súbdito completamente alucinado.
Subo-te a saia, como se te tirasse um vestido,
e num segundo que não sinto, sinto-me de calças despido.
Viro-te. Empurro-te, e seduzo-te pelo pescoço, num beijo molhado.
O mundo parou, e em ais de pavor, escuto-te a paixão.

Percorro-te as costas numa dança de um dedo desenhado.
Sinto-te  a tremer, aguardando a tão desejada invasão.
Com a outra mão, toco numa lingerie rendilhada,
que num sopro de querer se deixa cair apaixonada,
e amo-te, compondo-te num poema tantas vezes sonhado,
rimas que nem os nossos poetas sonharam na sua imaginação.

Num vaivém de sexos húmidos de sedução,
o universo assiste ao maior brilho pelo céu lançado.
Em nossos olhos, o sol de repente entrou,
e de vida, e de luz, nossas almas completou.
O tempo acorda, sorrindo, ligeiramente inebriado,
agradecendo-nos por esta mágica celebração. 

O tempo acorda, mas quer voltar a parar.
O tempo acorda, para, em nós, de novo sonhar.


terça-feira, 4 de junho de 2013

Sou Teu. Inteiramente Teu.


Sou Teu. Inteiramente Teu.
Em cada poro da minha pele.
E a adrenalina que sentia nas paixões do liceu,
voltou a escorrer em mim, em gotículas de mel.

Sou Teu. E serei aquele que tudo te deu.
Mesmo perdendo para outros adversários.
Na escrita serei aquele que te enlouqueceu,
na exasperação dos seus efeitos secundários.

Sou Teu. Porque sinto que deixei de ser meu.
Nesses beijos que te intimida a vontade.
Nesse abraços, em que o amor alcança o céu,
e seduz as estrelas num apalpe de suavidade.

Sou Teu. Porque, livremente, sou um plebeu.
Um não cidadão, desse corpo, apaixonado.
Aquele que nunca se sentirá seu,
mas que o consome no sexo sonhado.

Sou Teu.
Inteiramente Teu.