Escrita, que escutando as circunstâncias da vida, reflete os meus estados de alma. Escrita Autónima e Ortónima, que utilizo para expulsar a minha loucura interior.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Sem ti... nada sou
Sem ti... nada sou,
disseste-mo num abraço ausente.
Eu em ti... sei que estou,
preso nessa âncora permanente:
O coração. Local para onde vou
quando me sinto só e carente.
Refúgio que por nós sei que o dou
numa entrega profícua da mente.
Amigos que nos embustes da Vida,
de mãos dadas, encontrarão a saída,
por mais que ela se torne cruel e lenta.
Companheiros de alma e coração
assim será a nossa apresentação
perante o destino que se apresenta.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Viver na sombra
Viver na sombra de um sonho desfeito
é viver uma vida amorfa e alienável.
É sentir que o amanhã será miserável
se não se expulsar esse espectro do peito.
De pés firmes, mesmo que tímidos e sem jeito,
deves procurar dançar perante o imaginável.
Deves ser maior que esse espírito putrefeito
e alforriar-te para uma Vida imensurável.
Vai! Voluteia nessa luz que em ti habita
e transforma o cinzento, na mais bela cor,
através dessas sapatilhas de ciganita.
Descalça-te, do peso dessa tácita e árdua dor
e na alegria que esse, tão teu, sorriso cogita,
eleva-te livre e devolve a claridade ao amor.
Fotografia: Paula da Silveira Costa
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Não estaciones o coração.
Não estaciones, no Se, o coração.
É o melhor conselho que te dou.
Não por achar que tenho razão,
mas por o sentir no Todo do que Sou.
Deixa-o voar livre e sem direção
nas asas daquele que te tocou.
E se no futuro voltares ao chão
não significa que o amor te largou.
Não tenhas medo de ir atrás da felicidade.
Ousa sentir-te Viva sem a vil ansiedade
de uma queda pelos outros assignada.
Arrisca! Sente a Vida a correr pelas veias.
E faz desses instantes genuínas odisseias
dando à pele o arrepio de voltar a ser amada.
Fotografia: Paula da Silveira Costa
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