sexta-feira, 21 de março de 2014

O Ontem. O Hoje. O Amanhã.


O Ontem já acabou.
O Hoje está a acabar.
O Amanhã fica à minha espera.
E assim vivo, no quem sou,
desconhecendo se este lugar,
não passará de uma, ilusória, quimera.

O Ontem. O Hoje. O Amanhã.
São meros estados de um querer em anemia.
São sentires que te mostram pela manhã,
quando te desejo viver durante todo o dia.

O Amanhã dá esperança a quem amou.
O Hoje existe para quem deseja amar.
O Ontem ensina que o amor já era.
E assim me alimento, naquilo que dou,
através da sapiência de nada esperar,
de algo que a própria vida me detivera.

O Amanhã. O Hoje. O Ontem.
Não passam de saudades do que não se viveu.
São expetativas, sombrias, que por mais que se desmontem,
nos pertencem, mesmo que perante o mais iluminado céu.

O Hoje. O Ontem. O Amanhã. Pertencem aos fragmentos da sua, intemporal, hora.
São momentos que se apoderam da mente, mas que nos ensinam a valorizar o Agora.


quinta-feira, 20 de março de 2014

Café à beira mar



Se encontrares alguém que esteja disposto a largar tudo por ti,
preserva-a no teu coração, e valoriza-a porque isso é felicidade.
Abraça-a para sempre, porque pessoas assim não abundam por aí.
Pessoas que perante os caminhos da Vida, te oferecem a sua liberdade.

Pergunta-te! Será que Felicidade não é mais do que isto que construí?
Desafia-te a sair da tua zona de conforto e arrisca-te a ter vontade.
Vontade de procurares Ser, no teu Viver, e de sair… sair daí.
Para mim! Ser Feliz! não é mais do que viver na verdade da minha identidade.

Deixa-te de lamúrias e procura no sol, uma luz para te iluminar.
Bronzeia-te na sua energia e nela aprende a elevar a tua moral.
Inspira. Sorri. Foca-te na tua força interior e pára de procurar.

Pois a Felicidade deverá ser algo que te acompanhará até ao final.
Ela vive em ti. Saboreia-a, mesmo que num simples café à beira mar.
Aprende a sentir-lhe o cheiro e dá-lhe um sentido imortal.


sexta-feira, 14 de março de 2014

A Vida é bela!


A Vida é bela!
Tu! é que dás cabo dela,
por a observares por uma janela.
Que tal saíres pela porta fora?
Não… não é já vou. É agora.
Vai. Não olhes para trás. Vai-te embora.

Aproveita a Vida que ela não é garantida.
Respira-a e escuta-a neste sinal de partida.
Arranca e aproveita-a enquanto tens uma saída.
Repara como a tua visão acabou de aumentar.
Apenas porque te decidiste e ousaste arriscar,
e saíste daquele cómodo, mas aprisionado, lugar.

Não é bom ser livre e poder estar com ela?
Falar-lhe ao coração enquanto vês barcos à vela.
Enterrando os pés, na areia, mesmo que até à canela.
A brisa está amena e com um suave aroma a amora.
Interioriza-a. Olha-a os olhos e inala-a sem demora,
enquanto te sentas com ela, esperando pela tua hora.

Como é maravilhoso partilhar com ela a Vida.
Com quem? Com a Vida. Dentro dessa tua, escondida.
Vida que a cada dia se torna mais longa que comprida.
Que bom, estar contigo neste final de tarde espetacular.
Aproveito, e escrevo para te agradecer, neste expressar,
tudo o que me tens dado, através do teu, solarengo, amar.

Obrigado Vida.
Pelo teu singelo olhar.
Serás sempre por mim querida.
Palavra do teu mar.

Porra ... como a Vida é Bela!


quinta-feira, 6 de março de 2014

O tempo, ninguém o faz


Renasces em cada lágrima minha,
e segues no meu rosto o seu delinear.
Enfraqueces em pedaços desta advinha,
para o qual a resposta não sabes dar.
Pensas, e entras em parafuso sozinha,
morrendo na ausência do meu respirar.

Renasces nesse sentir que se adivinha,
quando, em silêncio, observas o teu, meu, mar.
Fortaleces-te ao beber o sol por uma palhinha,
enquanto descreves vidas através desse único olhar.
Escutas, na voz dessa onda que te entretinha,
sabedoria, que te faz os corações das pessoas tocar.

E eu? Eu observo-te ao longe, enquanto te enamoro.
Refugiando-me no humor para não me expor.
Aprecio-te e pela tua vontade, minto-te sem decoro,
e nesta distância te admiro em cada palavra de amor.

Agora não! Não olhes para trás.
Já passou.
E o tempo, ninguém o faz.