A vida devia ensinar a não julgar.
Não pela beleza aparente de um rosto,
mas pela pureza da personalidade,
que a condição humana teima em
descurar.
A humanidade que por nós costuma
passar,
também respira, sente e magoa sem
pressuposto.
Porque se ajuíza os outros? se na
verdade,
todos nós, ao longo do caminho,
iremos tropeçar?
A vida devia ensinar a não julgar,
mas ela apresenta-se sem manual.
Havendo, mostrar-se-ia sem índice,
para nos coagir às suas páginas
desfolhar.
E mesmo que nelas não quisesses
estudar,
a disciplina da tua alma individual.
De surdina, sentir-te-ias cúmplice,
para parar e sentir, a doutrina do teu caminhar.
A vida devia ensinar a não julgar,
e acaba por o fazer nas entrelinhas do dia a dia.
Nas pessoas que nos cruzam ao longo do seu itinerário,
e que deveríamos aprender a ouvir e respeitar.
A vida é bela, costumo, para o mundo, afirmar.
Nós! é que daremos cabo dela, se perdermos a magia,
e não pararmos de viver ao contrário,
aprendendo através da sua essência a amar e a tolerar.