quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Uma inteira metade

A minha alma é uma inteira metade.
Metade sombria. Metade iluminada.
Sozinho, subo os degraus da saudade,
sentindo a tua, no pretérito do nada.

No final permanecerá a sincronicidade
de um olhar abandonado pela escada
que no varão nos indica que a liberdade
é uma incompleta e impiedosa charada.

Sem saberes viras costas enquanto eu
paro o tempo e, escuso, contemplo-te.
Em silêncio roubo-te o poema ao céu

e nesta escrita quimérica … beijo-te,
terminando o ensejo com o apogeu
de ouvir os teus lábios dizer: Amo-te.

Fotografia: Paula Silveira da Costa

domingo, 25 de setembro de 2016

Queda Livre



Nos últimos tempos encetei quedas
apoiadas por uma crença requerida.
Dei sentido à fé das suas labaredas,
queimando-me na essência da Vida.

Hoje, amparado por um paraquedas
ultrapassei aquela intrepidez raticida.
Beijei o medo nas faces das moedas
e lancei-me numa queda livre suicida.

Na pureza do céu senti a alma levitar
no canto mais profundo do coração.
Aí... ouvi aquela voz única a soluçar:

Já que ousaste Ser na arte do Amar,
quando voltares a pôr os pés no chão,
jamais te esqueças dos teus Abraçar.


sábado, 10 de setembro de 2016

Love you deeply in me


Love you deeply in me
Yet, life tore our souls apart
Dawn may give us a new start
If we decide to hear our heart
More than the breeze of the sea.

For ever and ever
Even in dark times
Anger will never
Exhale my rhymes.

With all my heart and soul
Allow me to re-enter you
Masked in the whisper of the birds.
Half will never make a whole
And our love should live through
Salted by the truth of the words.