Metade sombria. Metade iluminada.
Sozinho, subo os degraus da saudade,
sentindo a tua, no pretérito do nada.
No final permanecerá a sincronicidade
de um olhar abandonado pela escada
que no varão nos indica que a liberdade
é uma incompleta e impiedosa charada.
Sem saberes viras costas enquanto eu
paro o tempo e, escuso, contemplo-te.
Em silêncio roubo-te o poema ao céu
e nesta escrita quimérica … beijo-te,
terminando o ensejo com o apogeu
de ouvir os teus lábios dizer: Amo-te.
Fotografia: Paula Silveira da Costa