sexta-feira, 13 de julho de 2018

Aqui não há mais nada



Disse-lhe: “Aqui não há mais nada”
entre sorrisos fortalecidos pela dor.
Ela sorriu, de sarcasmo, imaculada
com aquele seu jeito regozijador.

“Não percebi” replicou atrapalhada
perante a sua “branca” digna de ator.
Para na repetição da frase reiterada
corar de malícia sem qualquer pudor.

A Vida é perversa na sua graça peculiar
quando utilizas expressões idiomáticas
para nelas te conseguires manifestar.

E nos delírios destas dores ciáticas
dei por mim, no vazio, a “Caçar no ar”
a fantasia de tais agitações lunáticas.


quinta-feira, 5 de julho de 2018

Não há dia...


A saudade que o vazio, do teu corpo, enlaça
quando dos meus braços resolveste partir,
é tranquilizada por esse sorriso que abraça
a alma deste ser arrebatado pelo teu existir.

Admiro-te para além do que consigo esgrimir
na mensagem que neste soneto se esvoaça.
Tornando-te Tudo na ausência desse sorrir
quando no adeus o teu cheiro se esfumaça.

Não há dia que não te ame até ao infinito.
Não há dia que não questione alguma ação.
Falar-te, asperamente, deixa-me só e aflito

perante a dor expurgada pela voz da razão.
Mas Tu… já deixaste de ser o meu favorito
para passares a ser o bater do meu coração.

Amo-te Filho!