sábado, 31 de março de 2012

Sonho, momentos de ilusão

 
Sonho, momentos de ilusão,
quando viajo, ao futuro, para fantasiar.
Destino que me flagela a razão,
e meus devaneios me impede de realizar.

Sonho, acorrentado numa prisão,
cheia de páginas brancas por rabiscar.
Fantasia assombrada pela indignação,
de não ter algo com que me possa expressar.

Sonhava, num passado, onde ia buscar,
recordações ternas de quem me deu a mão.
Memórias de quem me ensinou a caminhar,
num Mundo que ainda não aprendeu a lição.

Sonho, repleto de emoção,
que minha mente insiste em partilhar.
Caprichos, emprenhados de reflexão,
alimentada pela eletricidade do teu olhar.

Sonhei, o presente, quando contigo quis casar,
entregando-te sem medo o meu coração.
Quando imaginei nossos filhos num lar,
empanturrado de amor e de compreensão.

Sonho, um amor, que me disponho a dar,
expondo-me à dor oculta de uma relação.
Momentos que aprenderei a superar,
apoiado na certeza de um perdão.

Sem a necessidade de haver uma explicação,
quando em teus olhos disse sim, em vez de não.

Sonho, momentos de ilusão,
quando, em ti me afundo, para me inspirar.
Choro, só de pensar na desilusão,
que um dia, poderei em ti despertar.

Sonho, momentos de ilusão,
quando me abres teu coração.

H



Que lindo poema, companheiro!
Estás então à espera de quê?
Não queiras que um impulso ligeiro,
surja do nada, sem saberes o porquê.

Leio em ti, palavras vividas por inteiro,
escritas com a educação de um tratar por você,
sentimentos que atingem num tu certeiro,
e arrepiam quem te escuta e não te lê.

No teu escrever, notou-se também,
resquícios de um indivíduo sentimental,
alguém que jeito certamente tem,

para escrever de um forma paternal.
Sensações que apenas em ti não cabem,
e que teimas em não dar um cunho pessoal.
 

Porque não tenho sido teu ...



Sinto-me angustiado.
Porquê?
Porque não tenho sido teu ...
Porque não sinto que me queiras,
como "desesperadamente" te quero.
Porque não tens sido minha,
como devias e não podes.
Porque afinal, os dias passam,
as horas voam, e continuas longe.
Sinto-me angustiado.
Porquê?
Porque não tenho sido teu ...
Porque me provocas,
Se não te posso ter, aqui e agora.
Porque me gozas,
sabendo tu, que o meu eu quer estar sossegado.
Porque sim ...
Porque não ...
Sinto-me angustiado.
Porquê?
Porque não tenho sido teu.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Da minha varanda


Da minha varanda,
observo os campos azuis do Estoril,
paisagem inspiradora para casais.
Da minha varanda,
cheiro a essência primaveril,
no aroma que se vive em Cascais.

Da minha varanda,
saboreio o teu beijo doce e viril,
na lembrança de duas bocas marginais.
Da minha varanda,
inspiro-me nas riquezas do caril,
apimentando esses lábios fenomenais.

Da minha varanda,
revejo-te num sonho febril,
que me afoga o corpo no cais.
Da minha varanda,
flutuo nas tábuas de um barril,
perdido num mar de vendavais.

Da minha varanda,
bebo no nosso amor pueril,
uma candura que perderei jamais,
Da minha varanda,
agarro-te com determinação no quadril,
possuindo-te com o sôfrego dos animais.

Da minha varanda,
dou as boas vindas a Abril,
esperançado na inspiração dos seus temporais.
Da minha varanda,
despeço-me desta paisagem pastoril,
para mergulhar em números e cardinais.

Da minha varanda,
parto,
enriquecido,
e envolvido,
numa emoção
branda.


Como se não houvesse outra Vida


Liberta-te ... mais vezes. Peço-te.
Dessamarra-te ... como faz o touro no rodeo.
Desprende-te ... desses medos que te inquietam.
Solta-te ... como se não existissem mais teias.
Como se não houvesse outra Vida.
Ama-me ... mais vezes.Ordeno-te.
Eleva-me ... como a águia quando apanha a presa.
Usa-me ... não tenhas receio ... não quebro.
Respira-me ... como se fosse a última particula de ar da tua botija.
Como se não houvesse outra Vida.


De capa e espada


Pensava em ti, qual castigo,
após as insónias da alvorada,
revendo-te nos braços desse amigo,
com nome de herói de capa e espada.

Foquei-me no espelho, e pensei para comigo:
“Pára, de percorreres essa maldita estrada”.
Estrada essa, que para meu castigo,
me escraviza nesta alma desgarrada.

E gritei cá dentro: “Tenho de arranjar um abrigo!”.
Um refúgio em mim, sem esta poeirada.
Um local tranquilo, qual jazigo,
onde nem a morte seja escutada.

Mas, decidi, perdoar-me contigo,
e viver–me nesta caminhada,
deixando esse amor antigo,
perder-se nesta controversa charada.

Que jogo este, que me pôs em perigo,
e me enterrou a alegria com uma enxada.
Que sorte a minha, em perceber que persigo,
uma vida de paz, por mim tão desejada.

Vou escutar mais o meu umbigo,
de onde saí de forma amada,
e encontrar, sabendo que prossigo,
a felicidade na rima palavrada.


Plenitude


Podes-me causar muito mal,
qual tornado, qual vendaval,
que nos desprende de qualquer mão.
És um arrombo sentimental,
mesmo que o faças sem premeditação.
Mas despertas em mim emoções,
que me dão ou tiram saúde.
Daquelas que transcendem os corações,
dos mortais que querem a plenitude.


quinta-feira, 29 de março de 2012

De que valem as palavras


De que valem as palavras,
quando são apenas ditas,
sem qualquer tipo de sentimento.
De que valem as palavras,
senão forem em ti sentidas,
sendo apenas um reflexo do momento.

De que valem as palavras,
se apenas te servires delas,
sem qualquer tipo de respeito.
De que valem as palavras,
se perdidas no cheiro das velas,
tornam meu coração desfeito.

De que valem as palavras,
se realmente não as sentires,
De que valem as palavras,
se na falsidade as proferires.

De que valem as palavras,
quando as sussurras apenas ao vento,
com medo de serem extrovertidas.
De que valem as palavras,
que apenas servem de alento,
e na delicadeza são mantidas.

De que valem as palavras,
apenas sugeridas a preceito,
como o pintor ao escolher as suas telas.
De que valem as palavras,
se não respeitares o respeito,
e te perderes nas estrelas.

De que valem as palavras,
se realmente não as sentires,
De que valem as palavras,
se na falsidade as proferires.


Jamais sairás de mim


És estranhamente fria.
Tanto dás tudo, como já não precisas de nada.
Pareces feita de pedra,
parece que não gostas de ser amada.
Gostava de ser assim:
distante do coração.
Talvez o fim fosse visto como um sim,
e não como uma palavra em vão.
Efetivamente, essa tua frieza,
nas palavras, e nos factos,
retiram toda a beleza,
que outrora colocaste nos teus atos.
Mas cuidado!, pois jamais sairás de mim.
Não só porque o teu cheiro decidiu ficar,
mas também porque este sentir nunca quererá um fim!
E no fundo, cá andarei, como alguém que já soube amar.
Escuta. Jamais sairás de mim.

Mostrem-me a luz


Sinto-me infeliz,
incompleto, melancólico,
como uma estrela do mar fora de água …
E pergunto-me : O que é que isto me quer dizer ?!?!
Penso constantemente em ti,
quero estar sozinho contigo,
tal qual um preso na solitária à beira do fim …
E pergunto-me : O que é que isto me quer dizer ?!?!
Esta inquietude que me consome,
como o mar que bate raivoso nas rochas,
e me faz perguntar se mereço estar assim …
E pergunto-me : O que é que isto me quer dizer ?!?!
Ajudem-me por favor,
particulas de vida insipida.
Mostrem-me a luz.
Não posso continuar a sentir-me escravo.
Perguntem-me : O que é que isto te quer dizer ?!?!
E eu responderei: estarei vivo, nesta escuridão que me cega?


quarta-feira, 28 de março de 2012

Imagino-vos e desato-me a rir


Imagino-vos e desato-me a rir,
nas imagens que meu cérebro fez disparar.
Desenho que acabo de colorir,
nuns tons que não pretendo formatar.
Mas continuo, prepotente, a sorrir,
quando vos vejo na cama deitar,
leito onde te pude cobrir,
de momentos inspirados pelo luar.

Perdoa-me, pois não te quero ferir,
mas estas imagens teimam em continuar,
e nesta mente persistem invadir,
representações dos vossos corpos a suar.
Flashes que vou deixando abrir,
as gavetas que não desejo fechar.
Instantes que insisto em descobrir,
nas recordações do teu sussurrar.

Murmúrios que em mim quiseste deduzir,
quando por detrás acabavas por me abraçar.
Calor que teu corpo deixava sugerir,
após aquela cama teus gemidos escutar.
Imagino-vos e desato-me a rir,
num pranto de riso que me faz chorar,
mas a mim próprio vou sugerir,
e nesta alegoria, este poema terminar.


Conversa de circunstância


Após um pequeno passeio a pé,
sentei-me com os colegas a conversar.
Inspirado no despertar de um café,
com um pastel de nata a acompanhar.

E sorridentes começámos a falar,
sobre a vida, tal como ela é,
injusta na capacidade de dar,
à existência uma clareza na fé.

Essa que dizem mover montanhas,
num país que perdeu a sua matriz,
preso numas escrupulosas entranhas,

de políticos formados em artimanhas,
que na ânsia de escutarem só o que a sua voz diz,
seguem, envaidecidos pelas suas pobres façanhas.


A troupe da marmita


Hoje em dia, por aí gravita,
o salutar prazer de almoçar,
com a sua troupe da marmita,
que traz comida para não gastar.

Novos tempos que a vida dita,
dizem-nos, por não saber poupar.
Mas escuto mais aquele ermita,
quando nos explica, sobre esta arte de saquear.

Podem-nos a esperança enfraquecer,
mentindo-nos com seu sorriso cobarde,
mas a nossa vontade não vão abater,

se nos unirmos para combater,
sabendo que nunca é tarde,
se queremos ver nossos filhos crescer.


Flash


Mais uma vez me arrepiaste como o relâmpago
quando atinge a árvore.
Tens o dom do machado em mim,
rachas-me por completo,
quando te oiço dissecar os momentos sentidos.
Nessas palavras, reescreverei o meu futuro.


terça-feira, 27 de março de 2012

Sem Filtros


Vais acabar por ler o meu sofrer.
Linhas escritas pelo sentimento,
de alguém que escuta o seu ser,
preso na fluidez do momento.

Reflexões de uma mente adormecida,
perdida no medo da exposição.
Vontade, à já muito esquecida,
num baú escondido pela razão.

E aqui deixarei de me ter,
atado pelas correntes do esquecimento.
Local onde voltarei a viver,
sem as amarras do lamento.

E agradeço-te a ti querida,
a quem trato por coração,
por seres ao longo da minha vida,
um exemplo e uma inspiração.


Cansado da solidão


Estou cansado da solidão.
Do desprezo sentido na tua atitude.
Farto de entregar o meu coração,
a quem me vive na inquietude.

Avanço no tempo, sempre em perdão.
Trauma, talvez, trazido da juventude.
Perco-me no amanhã sem razão,
Esperando de ti a eterna juventude.

Nada obtenho dessa esperança,
a não ser ansiedade no esperar,
com a ingenuidade de uma criança.

Espera que raras vezes alcança,
mas que hoje insiste em se afastar,
e que amanhã não passará de uma lembrança.


Pela calada


Dizes-me que o fazes pela frente,
ao contrário de outros que pela calada,
ao trair, por um amor carente,
se deixam cair na cilada.

Se o fazes de forma inteligente,
mostras uma acutilância gelada.
Sangue frio de uma calma aparente,
perturbado, por uma alma fuzilada.

Dizes-me que o fazes pela frente,
como se me cantasses uma balada.
Entoando notas numa voz transparente,
inspirada pelas mentiras dessa pauta pincelada.

Tela onde pintas uma relação enganada,
arrastada por um sofrer diferente.
Sentimentos que nessa superfície esticada,
expressam um amor forte e irreverente.

Dizes-me que o fazes pela frente,
segura pela falsidade ancorada.
Perdida num passado torrente,
onde a paixão se desgraçou num nada.

Vazia de um desejo recorrente,
domesticado por uma consciência pesada.
Tornou-se da loucura parente,
para viver numa intensidade selada.

Dizes-me que o fazes pela frente!
Mentes de uma forma velada,
encobrindo no teu meio ambiente,
um amor onde outrora foste amada.

Tempo que se tornou absorvente,
de tormentas, na tua vontade criada.
Empenho perdido em tua mente,
numa inconstante luta amargurada.

Dizes-me que o fazes pela frente.
sorrio de forma inesperada,
pois comigo traíste-o frequentemente,
de dia, à tarde ou de madrugada.



segunda-feira, 26 de março de 2012

Gostas de provocar


Bem sei que gostas de provocar,
apenas e só pelo prazer,
que no fundo só te apetece é brincar,
sem nada de mim quereres ter.

Insistes em minha alma aleijar,
pregando-lhe rasteiras a valer,
pois fazes meu coração sonhar,
pelo eterno momento de te ter.

Vivo momentos de ansiedade,
desejando teu corpo sentir,
levado por aquela saudade,

que me condena a vontade,
de não querer de ti desistir,
para descobrir a felicidade.


Gosto de ti



Gosto de ti.
Fazes-me feliz.
És querida, meiga, ternurenta.
Deixas-me em ebulição.
És provocadora, ardente, suculenta.
Gosto de ti.
Ao pé de ti, sinto-me eu próprio,
sem esconderijos, sem medos.
Porque tu és a minha consciência.
Porque tu me pertences.
Porque eu te pertenço.
Obrigado.
Já agora, sabes uma coisa?
.
.
.
Gosto imenso de ti


Bairro Alto


Ruas, Travessas e becos,
cheios de gente relaxada,
conversas que se escutam nos ecos,
de tanta cerveja emborcada.

Rapazes mais molhados que secos,
vão-se acumulando junto à estrada,
olhando pelo vidro dos seus canecos,
as miúdas, que desejam tudo por nada.

Bairro alto, do seu esplendor.
Cidade que o observa com clareza.
Pessoas que com todo o seu fervor,

tentam esquecer a sua dor,
e se entregam com firmeza,
à esperança vã de encontrar o amor.



Só pode ser Amor



Não sei o que dizer a mim próprio. Estou a sentir o meu coração apertado, e não aguento a dor que a minha mente me aflige.
Sinto que perco na maneira como lido com o meu coração,
mas não me arrependo, pois o que sinto, só pode ser Amor,
e esse, quando se encontra, não pode ser em vão.
Contudo, por vezes, sinto-me um idiota, um fútil, que abdica de tudo por ele, esperando um retorno, que infelizmente, não é o desejado. Infelizmente.
Nesta estória do Amar, acredito que o sofrimento tem de existir, mas porquê?
Raramente mergulho na dor em forma de escrita, mas ela faz-me invadir algo profundo, algo só meu, mas não me arrependo , pois o que sinto, só pode ser Amor, e esse, quando se encontra, não pode ser em vão.


domingo, 25 de março de 2012

Perdoar não é esquecer



Perdoar é não guardar rancor.
É saber viver sem se vingar,
do mal de alguém que vive na dor.
Perdoar é esquecer no amar.

Perdoar é mergulhar nas profundezas,
da impossibilidade do esquecimento,
é querer rasgar as tristezas,
que se vão atando ao pensamento.

Perdoar é escutar o amor,
que resiste, que quer lutar.
É nesta vida ser o actor,
que na mentira aprende a representar.

Perdoar é matar as fraquezas,
que nos atormentam o sentimento.
É saber que as certezas,
apenas se encontram no firmamento.

Perdoar não é esquecer,
é apenas a promessa
do que um dia quereremos viver.


Escrevo-te Pai


Escrevo-te Pai, para te agradecer,
querendo que a saúde teu corpo invada.
E no refúgio do meu escrever,
disfarço a vergonha da palavra falada.

Escrevo-te Pai, para te envaidecer,
Homem terno que a mim me fez.
Quero que saibas que o teu saber,
tem sido escutado na minha mudez.

Escrevo-te Pai, porque um dia hás de chegar,
ao teu pedaço de céu.
Terra com aquela vista para o mar,
que apenas em sonho te apareceu.

Silêncio que me ensinou crescer,
nos nervos da tua alma mal-amada,
resquícios que a minha se impõe perder,
para do teu melhor ser ensinada.

E agradeço-te por assim te dispores a ser,
genuíno e meigo, e que de quando em vez,
pela loucura se deixa absorver,
caindo no poço da altivez.

Escrevo-te Pai, porque mereces ficar,
cravado na doçura de um poema só teu.
Pois foi no sentir do teu amar,
que descubro quem na verdade sou eu.

Escrevo-te Pai, porque te amo …



Coragem, ou falta dela



Perguntaram-me para quando?
Porém esse, que me vem minando a coragem.
Respondi, como se tivesse um comando,
que mudasse a cor a tal imagem.


E assim, começo, aos poucos, de mim dando,
como que a perder a plumagem,
veste que no íntimo me foi ensinando,
a ser mais que uma mera personagem.


Reiniciei o meu acreditar, é verdade.
Sinto-o dentro da minha escrita.
Vivendo nela a felicidade,


de saber que é na vontade,
que a vida deixa de ser aflita,
e ultrapassa a tempestade.


sábado, 24 de março de 2012

Lacunas do ego


E assim começa esta aventura,
que me preenche as lacunas do ego.
Vozes rasgadas numa pintura,
de gritos escutados no sossego.

Silêncios expressos na gravura,
que me assalta no aconchego.
Palavras fechadas numa armadura,
que solto, e que agora emprego.

Amarras que me prendiam a dor,
dentro desta mente infantil,
dominada por um eu amedrontador.

Personagem que se julgava o realizador,
de uma vida tranquila, mas volátil.
Engano diagnosticado na doença de um grande amor.


São os efeitos secundários da loucura ...


Acabo de fazer amor com uma imagem.
Que maravilhosa sensação.
Pena é, que não passou de uma miragem,
quando te vejo a fugir desta ilusão.

Mas enquanto estiveste estendida,
desejosa de prazer e paixão,
senti a vertigem da vida,
no pulsar do teu coração.

Agora que partiste da minha mente,
sinto teu cheiro em minha mão,
vejo teu corpo esfumar-se pela lente,
que alimentou esta visão.

São os efeitos secundários da loucura ...


Pensamento Pessoal

Os meus poemas são palavras ditas por vozes que procuro escutar e que habitam no recôndito da minha alma.