quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Corações de queijo


Acordava-te, agora, da dormência,
ao toque suave de um beijo.
Possuía-te numa demente cadência,
despertando o teu mais secreto desejo.

Cega pela beleza do momento,
visualizas para lá do teu bloqueio mental.
Deixas-te levar pelo remoinho do vento,
tornando-te num furacão sexual.

Liberta e alimentada da ausência,
que esburaca a paixão de despejo.
Borbulhas na vontade da efervescência,
e saras estes dois corações de queijo.

Oh Mulher! Faz de mim, teu alimento.
Transforma-me na tua sede imperial.
Acorda-me tu, deste letárgico sentimento,
de não te poder ter, sabendo que és a tal.

Acorda-me desta realidade,
dura demais para ser verdade.
Acorda-me …


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