quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O teu amor


O teu amor, simplesmente, existe,
apesar de querer ficar na surdina.
Chegou nos lábios de um belo, beijo triste,
despertando em mim o sabor da adrenalina.
O teu amor, pode não ser o que presumiste,
mas é a mais brilhante luz na minha neblina.
Na madrugada, agradeço-te o que em mim construíste,
acordado apenas pelo efeito da cafeína.

O teu amor, pode não ser impossível,
mas jamais poderá pertencer a um só ser.
És demasiado livre para ser compatível,
com o acordar da revolta do meu amanhecer.
O teu amor, simplesmente, é indescritível,
pois não encontro as palavras que sempre soube ter.
És a força da natureza mais incorrigível.
A maré viva que o meu mar quer receber.

O teu amor, simplesmente, se tornou companheiro,
nos braços deste corpo que gemia por sedução.
Seduziu-me! E agora não sei se saberei ser o isqueiro,
que ele precisa para não se apagar perante a escuridão.
O teu amor, pode não ser meu por inteiro,
mas sinto-o fascinante, mesmo nas incertezas do coração.
Na tua voz, galopo ao encontro do desfiladeiro,
desejoso de me perder no labirinto desta paixão.


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