segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sai daí


Os defeitos de carácter revelam-se na passagem
de um tempo que nos faz pensar porque o vivemos.
Estes instalam-se, julgando que nos faltará a coragem,
de os largar, esperando que para sempre os suportaremos.

É um facto que vivemos numa sociedade miragem,
onde se julga ver o que muitas vezes não existe.
Onde é raro sentirmos no silêncio da aragem,
um grito que nos faça voar para além de um estar triste.

Sai daí. E deixa de ser a personagem,
de uma narrativa ditada por outro querer.
Liberta-te. Não te importes de ser selvagem,
se nesta selva de julgamentos tiveres de sobreviver.

Por vezes vive-se num estado de camuflagem,
disfarçando atritos da personalidade que construiremos.
Mais tarde. Talvez tarde. Damos por nós a seguir viagem,
numa estrada onde nunca estivemos.

São estas as alturas de se ter uma nova abordagem,
perante a vida e o que para ela previste.
São estes os momentos de viragem,
que te mostrarão o quanto te obstruíste.

Sai daí. Carrega na embraiagem,
e mete a mudança que te fará viver.
Arranca e vai fazer uma nova rodagem,
e que a vida não te volte a adormecer.

Sai daí. Esse não é o local para ti.


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