sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Coração de anzol



Nesta palma da mão
de um amor desenhado
por um pôr do sol ausente.
Descansa um coração
de anzol fisgado
pela sedução da tua mente.
Linhas envelhecidas
por promessas rasgadas
na lembrança de minha pele.
E a Vida, vivida em várias vidas
agradece às dores penadas
o crescimento que lhe compele.
É de aço inquebrável,
a essência que reside
na história desta mão.
Foi escrita numa tinta inapagável,
que alimentada de amor progride
em direção a este lábio ancião.
E ao beijares-me na saudade
de um sonho molhado pelo desejo
de te sentir num apertão.
Perguntar-te-ei, dormindo, em felicidade,
que se de ti só queria um Beijo:
Onde tens a tua mão?
  

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