Escrita, que escutando as circunstâncias da vida, reflete os meus estados de alma. Escrita Autónima e Ortónima, que utilizo para expulsar a minha loucura interior.
terça-feira, 21 de março de 2017
Não sei o que te dizer
Quero escrever…
mas não sei o que dizer.
Sinto a Alma despida.
Golpeada. Despedaçada
pela lâmina do destino.
Quero escrever-te…
sem nada querer dizer-te.
Retalhado pelas deslisuras da Vida.
Amargurada. Encapotada
por meu sorriso de menino.
Falo-te tanto de Amor.
De Saudade.
De Dor.
De Felicidade.
Mas Amor…
… Amor é meramente
uma palavra que abraça
quando a doença da mente
nos invade o coração
e de pura ilusão
o trespassa.
A Saudade?
Como a posso matar
sem ser acusado de homicídio?
É pura Dor de Felicidade,
senti-la sem a poder abraçar,
em poemas que cometem suicídio.
Já há algum tempo que não te sentia.
Julguei que precisássemos de paz.
Mas agora que te escrevo e olho para trás,
sinto que era do julgar que me escondia.
Por agora, a tua inspiração voltou,
mesmo que num breve dedilhar.
Seduzindo-me por um piscar de olhar
que aparentemente me encantou.
Tenho saudades tuas. Confesso!
e não to declaro por mera cortesia.
Mas sim, porque mereço
dar descanso a este sentir opresso,
e voltar a ser beijado por ti, amada Poesia.
Não sei o que te dizer…
mas queria-te escrever.
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