A minha alma ecoa de um vazio barulhento
e o meu coração entristece-se pela mentira,
de viver na verdade essencial do momento,
que a Vida me inflinge no karma da sua ira.
São patamares percorridos pelo sentimento
que me pisam a esperança de sobremaneira.
São mais que apenas dores de crescimento,
são feridas abertas cobertas pela cegueira.
E assim se sobrevive nesta tristeza ancorada
num sorriso púnico e hipócritamente gratuito
que me recorda o tudo através da luz do nada.
Mas eu não quero parar nesse degrau fortuito.
Quero levantar vôo e olhar, do alto, a escada,
porque Eu... Eu, infelizmente, Sinto Muito!
Nuno Freitas - Tristeza ancorada
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