quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A vida devia ensinar a não julgar



A vida devia ensinar a não julgar.
Não pela beleza aparente de um rosto,
mas pela pureza da personalidade,
que a condição humana teima em descurar.
A humanidade que por nós costuma passar,
também respira, sente e magoa sem pressuposto.
Porque se ajuíza os outros? se na verdade,
todos nós,  ao longo do caminho, iremos tropeçar?

A vida devia ensinar a não julgar,
mas ela apresenta-se sem manual.
Havendo, mostrar-se-ia sem índice,
para nos coagir às suas páginas desfolhar.
E mesmo que nelas não quisesses estudar,
a disciplina da tua alma individual.
De surdina, sentir-te-ias cúmplice,
para parar e sentir, a doutrina do teu caminhar.

A vida devia ensinar a não julgar,
e acaba por o fazer nas entrelinhas do dia a dia.
Nas pessoas que nos cruzam ao longo do seu itinerário,
e que deveríamos aprender a ouvir e respeitar.
A vida é bela, costumo, para o mundo, afirmar.
Nós! é que daremos cabo dela, se perdermos a magia,
e não pararmos de viver ao contrário,
aprendendo através da sua essência a amar e a tolerar.


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