sexta-feira, 21 de março de 2014

O Ontem. O Hoje. O Amanhã.


O Ontem já acabou.
O Hoje está a acabar.
O Amanhã fica à minha espera.
E assim vivo, no quem sou,
desconhecendo se este lugar,
não passará de uma, ilusória, quimera.

O Ontem. O Hoje. O Amanhã.
São meros estados de um querer em anemia.
São sentires que te mostram pela manhã,
quando te desejo viver durante todo o dia.

O Amanhã dá esperança a quem amou.
O Hoje existe para quem deseja amar.
O Ontem ensina que o amor já era.
E assim me alimento, naquilo que dou,
através da sapiência de nada esperar,
de algo que a própria vida me detivera.

O Amanhã. O Hoje. O Ontem.
Não passam de saudades do que não se viveu.
São expetativas, sombrias, que por mais que se desmontem,
nos pertencem, mesmo que perante o mais iluminado céu.

O Hoje. O Ontem. O Amanhã. Pertencem aos fragmentos da sua, intemporal, hora.
São momentos que se apoderam da mente, mas que nos ensinam a valorizar o Agora.


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