O teu corpo tornou-se amo perpétuo do meu,
quando as nossas almas se viram ao espelho.
Reflexos de sentires que a Vida nos ofereceu,
num caminho apenas visível a infravermelho.
E nessa frequência onde acercámos o céu,
deixaste em mim, em forma de conselho,
a certeza de que é possível sentir o apogeu,
mesmo que o agora se perca neste quelho.
De pé, jornadeias pelo aperto das decisões,
num tapete que se revela oculto e cintilante.
Alternando entre as bases, seguras emoções,
agradecida pelo luto de se seguir adiante.
No teu silêncio, fotografaste os nossos corações,
para te recordares desse ontem único e aliciante.
Fotografia: Paula Gouveia
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