Ambulo, constantemente, de luvas postas
para não deixar quaisquer impressões digitais.
Nelas… apreendo o peso da Vida às costas
suportando, em dor, nossas almas surreais.
Resisto, na procura das corretas respostas,
forçando a palma à desconfiança dos demais.
Das suas trepidezes faço-as de supostas,
e foco-me nas nossas memórias intemporais.
As dores, minhas, bloquearam-me o escrever.
Mas descobri que quem depende não
sente
a exaltação deste sentir único
que é o Viver.
E sustento-nos, nesta imagem que
não mente,
aguardando que o tempo te mostre
que o Ser
é aquele que perdoa e desdobra a
mente.
Fotografia: Paula Silveira Costa
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