O sonho é a futilidade do limiar
para o abismo do subconsciente.
É uma nuvem na solidão do mar
que vagueia no silêncio da mente.
Sem sol, deixei de querer sonhar
neste lugar nebuloso e abstinente.
Inerte! cheiro a brisa do tempo passar
embriagando a alma num olhar ausente.
Mas estes são os dias em que se cresce.
Os dias que transparecem a dor do fim
num momento que nos isola e adoece.
Dias que deves dizer à vida que estás afim
e na gratidão desse amor que não desvanece
exarar no pontão da memória: Há dias assim.
Fotografia: Paula Silveira Costa
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