terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quem és tu Mulher?


Sinto-me um cabo raso da palavra,
quanto tento alcançar-te o coração.
Tropa macaca de um sentimento,
que de minha alma, mais recôndita, lavra.
Desassossego viciado pela atração,
de um desejo incontrolavelmente violento.

Se o paladar não se saboreia, apenas se recorda,
nos intervalos das sombras, abençoadas pelo sol.
O teu cheiro é algo que não consigo esquecer,
por entre os beijos, onde em sonhos, a minha mente acorda.
Lábios onde, acordado, me prendo na força do anzol,
e onde degusto sensações que me fazem enlouquecer.

Quem és tu Mulher?
Porque me fascinas,
se preciso de te abandonar.
Quem és tu Mulher?
Porque me alucinas,
e meu equilíbrio insistes condicionar.

Esta vida perdoa tudo menos dizer a verdade,
e dela te escondes quando me vês chegar.
Desconfio que preferes mentir aos teus medos,
isolando-te, conscientemente, na ambiguidade.
Julgando que sempre que tua vontade se desapegar,
serei teu, num simples estalar de dedos.

Quem és tu Mulher?
Porque me fascinas,
se preciso de te abandonar.
Quem és tu Mulher?
Porque me alucinas,
e meu equilíbrio insistes condicionar.

Quem és tu Mulher?
Mistério, que só dentro de mim, poderei solucionar.


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