segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A dança do Amor


Bailas para nós,
dançando sem voz,
nesta trama repleta de cor.

Usas teu corpo de forma feroz,
num movimento singelo, mas veloz,
enquanto te exprimes na dança do Amor.

Bailas com altivez,
nessa mutável mudez,
invocando vários sons visualmente.

Tua alma ofereces à nudez,
gritando através da fluidez,
sentimentos, que só a paixão consente.

Bailas sem medo do após,
vivendo com deleite o presente,
entregando-te à arte sem pudor.
Ofereces, nesse desgaste compensador,
palavras, de um romance luminescente,
à altura das escritas pelo Eça de Queirós.

Bailas assim,
para ti,
e para mim,
a dança do Amor.


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