terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Desagua em mim


Por favor... dá-me a mão e vem comigo.
Grita-te o meu corpo desesperado.
Coçando-se na falta desse toque desejado,
e ansioso pelo fim deste, penoso, castigo.

Solta-te, de ti, e faz de mim o teu abrigo,
neste tempo inconstante e aprisionado.
Liberta-te, em mim, desse querer silenciado,
e prega um estalo na voz do não consigo.

Vem comigo, fugir à frieza da saudade,
que na areia te silencia o rebentar,
e do sol te alimenta a ambiguidade.

Vem contigo, nessa capacidade de tolerar,
quem te desrespeita, numa inconsciente leviandade.
Mas vem... vem e desagua em mim, meu doce mar.


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