quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O tempo passa. A morte espera.



O tempo passa. A morte espera.
No intervalo deste jogo terminal.
Nele, somos peões na proa de uma galera,
desequilibrados num equilíbrio mental.

O tempo passa. A morte assiste.
Ao desenrolar de cada história singular.
Para alguns não passa de uma experiência triste.
Para outros, revela-se na mais bela forma de amar.

O tempo passa. A morte sorri com cinismo.
Por não a darem como adquirida.
Ri-se nas faces de quem vive no surrealismo,
de não dar o devido valor à sua vida.

O tempo passa. A morte alimenta-se da dor.
Rasgando as almas, sem preparar a cicatrização.
Não descrimina pela falta de humanidade ou valor.
É cega, injusta e não tem compaixão.

O tempo passa. A morte chegará.
No momento que ela bem entender.
E num silêncio que nem o vazio escutará,
partiremos, gritando pela vontade de viver.


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