O
tempo passa. A morte espera.
No
intervalo deste jogo terminal.
Nele,
somos peões na proa de uma galera,
desequilibrados
num equilíbrio mental.
O
tempo passa. A morte assiste.
Ao
desenrolar de cada história singular.
Para
alguns não passa de uma experiência triste.
Para
outros, revela-se na mais bela forma de amar.
O
tempo passa. A morte sorri com cinismo.
Por
não a darem como adquirida.
Ri-se
nas faces de quem vive no surrealismo,
de
não dar o devido valor à sua vida.
O
tempo passa. A morte alimenta-se da dor.
Rasgando
as almas, sem preparar a cicatrização.
Não
descrimina pela falta de humanidade ou valor.
É
cega, injusta e não tem compaixão.
O
tempo passa. A morte chegará.
No
momento que ela bem entender.
E
num silêncio que nem o vazio escutará,
partiremos,
gritando pela vontade de viver.
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