terça-feira, 28 de maio de 2013

Quando te sinto


Quando te sinto em mim,
o tempo compõe um poema, sem saber escrever.
As árvores sentem o meu frenesim,
e perante palavras eternas, espiam o nosso querer.

Quando me sinto em ti,
o tempo pára, sem morrer.
As nuvens presenciam que te despi,
num olhar que se esconde para se ver.

Quando nos sinto em nós,
o tempo escorre sem correr.
Os pássaros tagarelam a uma só voz,
numa melodia incapaz de descrever.

Quando te sinto, simplesmente.
O tempo desnuda-se sem saber.
Revelando-se num beijo, que consente,
a libertação de um amor, que tem tanto para oferecer.

Quando te sinto.
Quando me sinto.
Quando nos sinto.
O teu anseio torna-se meu aliado,
soltando esse doce corpo labiado,
para um prazer que só se sente saciado,
apenas, quando te sinto.


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