Escrita, que escutando as circunstâncias da vida, reflete os meus estados de alma. Escrita Autónima e Ortónima, que utilizo para expulsar a minha loucura interior.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
De braços abertos
De braços abertos, mesmo à distância,
aconchego-te no amanhecer da cidade.
E a ponte que nos separa da circunstância
de seres meu, encurta-se na força da vontade.
Na vontade de ter esses braços em abundância,
para silenciar estes gritos mudos de saudade.
De braços abertos, ofereço-te a elegância,
de um corpo plangente da tua sexualidade.
A ponte existe. A água por debaixo corre.
Mas a lembrança da tua alma jamais secará.
São borboletas que de Amor esta Vida cobre.
Nesta margem, grito-te sem saber se ele será,
escutado por esse coração, empedrado mas, nobre.
De braços abertos, dou de volta, o melhor que o meu te dá.
Fotografia - Sebastião Correia de Campos
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