És
a nuvem que me transporta,
quando
deslizo pelas estradas do céu.
Foste
a chave que conseguiu abrir a porta,
para,
finalmente, encontrar o meu verdadeiro Eu.
És
feita de gotículas de água condensada,
num
corpo esculpido pelo universo.
És
mais que uma alma abençoada.
És
a, verdadeira, essência deste verso.
O
amor que carregas dentro desse coração,
tem
a riqueza de nunca deixar de ser pobre.
Humildade
que invoco em forma de canção,
para
disfarçar problemas de dicção,
numa
harmonia que apenas o som descobre.
És
a nuvem que me conduz,
numa
personalidade iluminada pela natureza.
Serás
sempre aquela aura benzida pela luz,
que
me soube encaminhar para os trilhos da nobreza.
E
um dia, quando se der em mim a evaporação,
destas
partículas que o silêncio encobre.
Libertar-me-ei
de toda esta condensação,
de
sentimentos que me puxam para a solidão,
e
viverei em pleno, tal qual, uma alma nobre.
És.
Foste. Serás. A nuvem que me conduz.
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