segunda-feira, 25 de março de 2013

Na fúria do mar


Revolta. Sinto-a no teu lacrimejar,
de um pranto de sal que reclama por respeito.
Apoderado pelas ondas, insistes em gritar,
mutismos surdos  a quem de direito.

Quiçá um dia te possam escutar,
quando enraivecido levares a preceito,
avisos que insistes em transbordar,
mas que nada vês a ser feito.

E os que os fazem por esquecer,
julgando de ti nada temer.
Desconhecem a pujança desse vociferar.

Mas um dia, aprenderão sem querer,
que a sua surdez os fez perder,
a vida … na fúria do mar.


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