quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Garra


O teu sorriso estridente de menina,
é semelhante aos acordes de uma guitarra.
Sorriso que na pauta da Vida se tornou a cocaína,
inalada nessas notas viciantes que a ti me amarra.

O teu abraço, mesmo que exíguo, expulsa qualquer neblina,
e ilumina-me a alma na sumidade dessa singular gambiarra.
O teu olhar sorri, mesmo que feches a cadeado a sua retina,
e a tua personalidade se revele na satisfação dessa garra.

Sei de cor essa expressão que diariamente
acompanha a cadência do meu respirar.
Nas tuas vergonhas mostras-te eloquente,

tornando-se impossível não te querer amar.
E mesmo não estando, sinto-te sempre presente,
no sangue que nestas veias insiste em circular.

Fotografia: Paula Gouveia

1 comentário:

  1. Sem fôlego ficou meu estado de alma, já estava abalado mas agora ficou convicto de tudo o que selei ao ler tamanha poesia, apenas confirmou o que sentia mas as palavras não surgiam. Real, Divinal, Espectacular!!!

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