Penso em ti, frágil, nessa alma prisioneira,
amparada por esse corpo adormecido.
A tua face deve revelar uma máscara ligeira,
enquanto te sorris num olhar presente e dorido.
Sei que te sentes dentro de uma ratoeira,
onde até esse sorriso se sente comedido.
Mas não desistas, por mais que a Vida te queira
Levar antes do teu dever cumprido.
Combate esse tempo, com a tua vontade.
Luta contra esse néscio que te mina o interior,
e que não te permite viver em liberdade.
Faz da força dos que te vivem o teu adamastor.
E sente na determinação dessa, só tua, tempestade,
a coragem que precisas para lhes dares o teu amor.
Bem sei que daqui, sinto algo bem diferente,
dessas dores que tanto te atormentam o espírito.
Sei que não sei o que se passa nessa mente,
mas escrevo-te para que não desistas do conflito.
Mas não desistas. Nunca desistas deste infinito,
por mais que, por momentos, o trates sem prioridade.
Agarra-te ao Amor dos Teus e sente como ele é bonito.
Mas não desistas. E escrevo-te nesta sentida apelabilidade,
para que não esmoreças e sintas este abraço escrito.
Por favor, Não Desistas.
*Dedicado aos meus e aos vossos que de forma estóica lutam contra a doença.
Sem comentários:
Enviar um comentário