Escrita, que escutando as circunstâncias da vida, reflete os meus estados de alma. Escrita Autónima e Ortónima, que utilizo para expulsar a minha loucura interior.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
O poeta escreve e o fotógrafo executa
O poeta escreve e o fotógrafo executa,
por entre pilares que balizam o céu.
Um tem a partitura e o outro a batuta,
que tantos identifica no destapar do véu.
O poeta finge fingir enquanto se revela.
O fotógrafo capta essências (até as fingidas).
Um, escreve momentos no olhar de sentinela.
O outro tudo vê no dedilhar de ambas as vidas.
Duas solidões. Distintas Paixões. A mesma luta.
Talvez… o querer alcançar o intangível.
Escrevem imagens, sem qualquer disputa,
captando nas palavras a pureza do absorvível.
O poeta expõe-se sem medo, que a fivela
do sofrimento lhe martirize as mágoas feridas.
O fotógrafo faz do momento a sua tela,
registando instantes de certezas contidas.
Fotografia: Paula Gouveia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário