segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sorriso encapotado


Eu sorri.
Sorri!
Um sorriso encapotado,
por saber que o meu triste fado,
é ser, pelo teu falso apetecer, enganado.
Eu sorri.
Sorri!
Por um tempo, por ti passado,
nas desculpas algemado,
à espera de um hoje justificado.
Eu sorri.
Sorri!
Imaginando teu corpo mergulhado,
no meu, em que pelo sol enamorado,
aguarda pelos banhos da lua para ser amado.
Eu sorri.
Sorri!
Por julgar que tinha sido enviado,
um sinal de um livre arbítrio obstinado,
que em forma de amor queria ser apresentado.
Eu sorri.
Sorri!
Da incerteza de um querer acabado,
que só a cegueira  o mantém acordado,
adormecendo-o num desejo carenciado.

Eu sorri?
Sorri.
Um sorriso que já esqueci.


Sem comentários:

Enviar um comentário