sexta-feira, 20 de abril de 2012

Consciência inconsciente


Perdes-me na tua consciência,
essa qualidade controladora da mente,
que te obscura intimamente,
e nos acorrenta à sua influência.
Grilhões que massacram amarguradamente,
a vontade de um desejo de aparência,
que se esconde numa desculpa que, avidamente,
se renova numa suave, e temporária, demência. 

Em si, abraça qualificações avidamente,
tentando perceber nas decisões, a clarividência,
da construção do todo no uno, simplesmente,
porque no intimo subentende a auto consciência.
E esta, antecipa-se à reflexão, num jogo viciado e demente,
em que ambas apesar de distintas, logicamente,
alimentam-se numa única e dúbia vivência,
de subjetividades e de sabedorias, obcecadamente.

Ela pode ser fenomenal na sua essência,
mas também processual, simplesmente.
Ou seja, é a condição de estar ciente,
ou a que vivemos em qualquer experiência.
E na prova, tua consciência inconsciente,
usou-me para colmatar uma carência,
que não vivias tão intensamente,
desde os tempos da adolescência.

Valores morais que tornam deprimente,
a vontade de uma voz, perturbante na sua violência.
Uma inquietude que nos derruba a sapiência,
que o tempo já nem se recorda, nitidamente.
Tempo que na almofada adormece rapidamente,
adivinhando sonhos que aparecem com frequência,
imagens de momentos que indevidamente,
rasgaram duas almas tocadas pela decência.

A consciência é uma particularidade da mente,
que nossos atos obscuros, em si encerra,
é a cura de uma alma doente,
quando esta precisa de assentar os pés na terra.


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