domingo, 22 de abril de 2012

Faz-me um favor



Faz-me, para ontem, um favor,
e faz-me perder estes amuos,
alimentados na sede dos teus recuos,
que em mim me causam pavor.
Medos de um querer promíscuo,
que se confunde com o louvor,
de uma persistência que com fervor,
persiste na procura de um amor improfícuo.

Faz-me um favor,
e diz que me queres,
longe da tua vida,
focando-te na iris de meu olho,
para ver que o teu olhar,
me fala de forma sentida.

Busca antagónica de um desejo,
que me faz enlouquecer,
pois já não sei o que fazer,
quando não vivo em teu beijo.
Dependência que tento esconder,
e que por quem tanto eu rastejo,
por aquele momento em que festejo,
o amor dentro do teu ser.

Faz-me um favor,
e diz que é a mim que preferes,
nessa dúvida que te convida,
sabendo que é a ti que escolho,
sem nada ter que perguntar,
a esta alma por ti tanto despida.

Faz-te esse favor. Liberta-me.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário