quinta-feira, 19 de abril de 2012

Saber escutar no silêncio


Apesar da vida ser cruel,
e mesmo quando não podemos ter pulso nela,
acredito que ela se escreve num papel,
com a mesma delicadeza,
que um pintor retrataria a tua beleza,
exprimindo o meu sentimento na sua tela.

A vida tem sempre de caminhar,
para a frente e nunca para trás,
e quando medito longas horas ao luar,
sinto que não sou dono de mim,
e que o amor que sinto por ti, enfim,
é tão forte, que não sei do que ele é capaz.

Assusta-me perder o controlo sobre o meu ser,
e sentir que o tempo avança, para o mal ou para o bem,
numa enorme vontade de nas horas se perder.
E é nessa perda, nessa realidade,
que reconheço a minha única e pura verdade:
Amo-te como nunca amei ninguém.

Tornei-me um homem diferente,
quando a minha estrada se cruzou na tua.
E em todos os desvios que tive à minha frente,
nunca me arrependi de meu coração teres tornado,
num passarinho meigo e apaixonado,
que canta enamorado sobre a beleza da lua.

Por isso te agradeço, meu amor eterno,
por teres rasgado partes do meu coração,
que julgava perdido na frieza do inverno.
Por teres te entregue de corpo e alma,
e por me mostrares que é na calma,
que se escuta a verdadeira emoção.


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