quarta-feira, 6 de junho de 2012

Drogaram a natureza


A natureza foi, pela ganância, drogada,
e mesmo assim não abriu os telejornais.
Mas ainda hoje grita, das entranhas violada,
sabendo que não escutamos os seus ais.
Pergunto: o que é preciso mais?
para percebermos que precisa de ser consolada.
Que é urgente assimilarmos seus sinais,
para que vivamos num planeta de forma sustentada.

Cá, neste cantinho, e apesar de tenra idade,
cresci com a expetativa de apreciar cada estação,
agora perco-as de vista, num simples rasgo de velocidade,
com a incerteza de ter um hoje banhado em sol ou em precipitação.
Chuva. Quente. Sol. Frio.  Vivemos simplesmente nesta indecisão,
 de não sabermos como lidar nesta dualidade,
imposta pela insensatez de uma qualquer combinação,
que nos demonstra em agonia toda a sua imprevisibilidade.

Clima tropical, dizem uns. Outros, que é consequência de uma nova era.
Um tempo em que, quem pode e manda, assobia para o ar,
alongando nesse tempo a decisão que a natureza tanto espera,
a decisão de olharem para ela, como se de nossa mãe precisássemos de estimar.
Mas não podemos desistir, e temos de continuar a lutar,
poupando na água ou eliminando os sprays da nossa biosfera.
Devemos preservar a floresta, ou mesmo o lixo reciclar,
atitudes simples que darão à natureza a saúde que outrora tivera.


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