quinta-feira, 28 de junho de 2012

Não te quero


Não te quero,
porque estou farto.
Farto de ser usado,
para todo e qualquer fim.
Usaste-me, num silêncio calado,
destruindo-me sem compaixão.
Agora, sinto que parto,
sem a minha missão ter acabado,
sem ter dado tudo de mim.
Com medo, de em teu aviso magoado,
acabar por ceder às tábuas de um caixão.
Não quero.
Simplesmente não quero, querendo.
Querendo lutar contra o teu caminhar,
contra a tua cínica forma, de me corromper.
Lutarei contra a palavra terminar,
Começando de novo a viver.
Vou-te vencer a ousadia.
Vou-te dominar a desfaçatez.
Escuta-me.
Tem medo desta força.
Podes ser um cancro,
mas jamais terás estadia,
neste corpo, onde vais morrer de vez.
Não te quero.


* Dedicado a todos os que passaram ou estão a passar por este flagelo. Saúdo-vos com desejos de saúde.


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