quinta-feira, 7 de junho de 2012

És tão doce, querida filha


És tão doce, querida filha.
Beleza de um amor corolado,
por um desejo de uma vida que palmilha,
por encontrar um ser tão imaculado.

Os teus olhos respiram ternura.
Tua essência inspira harmonia.
Qualidades de uma pequena criatura,
que engrandecem esta alma cheia de mediania.

E desde aquele segundo, em que fiquei parado,
quando tua mãe te enunciou, em partilha.
Sabia que o meu mundo inacabado,
receberia a mais inexplicável maravilha.

E sinto que nunca estou à altura,
pois recebo mais do que dou. Que agonia!
Mas os efeitos secundários desta loucura,
jamais nos tirarão esta singular sintonia.

Sentes quando me sinto sem pilha.
Pronto a rebentar, qual balão furado.
E imediatamente, me levas para a tua ilha,
onde o tempo para, e o teu amor me põe recuperado.

E amparo-me nessa tua, mui nobre postura,
que já vai mostrando, alguns sinais de cidadania.
Preocupada sempre que a sua lisura,
seja um exemplo, e não uma mania.

És tão doce, querida filha.
Repito-o, para que aqui fique guardado,
a sete chaves, e preso numa anilha,
um amor que julguei ter desperdiçado.

Amo-te, meu doce.
 

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