domingo, 10 de junho de 2012

Forma de estar, que para ti, cultivo em mim


Tantos anos de casamento,
voaram, desde que te deste a mim.
Meses e dias impulsionados pelo momento,
em que puramente disseste que sim.

Desde essa altura, criámos uma familia,
assentes no desejo de filhos poder educar.
E mesmo que eles nos criem alguma quezilia,
o dom do seu sorriso, tudo consegue ultrapassar.

Uns, previam-nos um rápido fim,
alimentados por um desejo ciumento,
e exposto naquele fraquinho frenesim,
de sentirem neles, a falta, do nosso condimento.

Creio mesmo, que essa estabilidade, alguns arrelia.
Julgando eles que, por escrevê-lo, me estou a importar.
Mal sabem, que a sua opinião, é apenas uma embolia,
que na sua mente insiste em se incubar.

Outros, porém, idolatravam a força do cimento,
ou a dureza daquele marfim,
que suportando a base deste relacionamento,
o tornou imune às más linguas, que enfim!

Enfim! Gente mesquinha, que vive em folia,
quando as decisões dos outros, se pronta a julgar.
Criaturas vazias de um amor que à revelia,
os ignorou e, seu coração esqueceu de tocar.

E a esses, querida, com humildade acrescento,
que a mais bela flor não cresce num jardim,
se for tratada como um tormento.
E esta é a forma de estar, que para ti, cultivo em mim.

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