sexta-feira, 15 de junho de 2012

Um poeta envergonhado


Um poeta envergonhado,
sem vergonha de o ser,
é aquele que apaixonado,
o esconde sem querer.
É aquele que não vive sem te ver.
Sem sentir teu cheiro perfumado.
E é essa saudade que insiste em nele viver,
que mostra ao amor, o seu verdadeiro significado.

Um poeta envergonhado,
com medo de te perder,
é aquele que quando abandonado,
perdoa tudo, na dor do seu escrever.
É aquele que mesmo sem saber,
vive sempre amargurado,
na incerteza de quando irá acontecer,
o reencontro com o seu bem mais amado.

Um poeta envergonhado,
ansioso por teu corpo receber,
é aquele que vive angustiado,
pela falta que teus lábios lhe fazem ter.
É aquele que sonha desaparecer,
e sentir-se na tua pele atado,
louco por teu amor beber,
num copo de demência beijado.

Um poeta envergonhado,
sem vergonha de o ser,
foi assim que fui chamado,
quando um poema te quis oferecer.
Pudor, que fui conseguido esconder,
mas que por força, de te querer a meu lado,
em mim, se começou a esbater,
dando asas a este poema por ti inspirado.

Um poeta envergonhado,
nunca pode vergonha ter,
quando se sente apaixonado.


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