quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ainda … estou aqui


Afinal de contas, porque nos juntámos?
Será que a razão foi una, ou anormal?
Porque razão tanto nos amámos,
se nos questionas ao mínimo sinal?

Questões? Ou mágoas de uma dúvida existencial?
Verdades, ou desabafos de uma ausência sem justificação?
Serão saudades em fúria ou uma cegueira lacrimal?
Perguntas que tento responder, mas percebo que é em vão.

Encontramo-nos algures e beijamo-nos na escuridão.
Na ilusão de que o tempo pare, e nos conceda um universo colateral.
Ou será que só sou eu que procuro essa solução?
E que quando partes, já procuras aquele momento fazer o funeral.

O tempo passou, a um ritmo, que vejo agora, desigual,
desde o dia que nossos corpos, julgava eu, sonhámos,
juntar numa paixão, que seria única e transversal,
sentida, por mim, na primeira vez que nos beijámos.

Sentimentos únicos que só vivi em ti.
Se ainda me quiseres, despacha-te.
Ainda … estou aqui.

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