terça-feira, 1 de maio de 2012

Dia do Trabalhador


Dia do Trabalhador.
Dia de uma luta em vão,
de quem se afunda na dor,
de não ter para comer nem um pão.

Dia de um luta desigual,
morta pela altivez dos políticos,
que roubam aos pobres o fundamental,
com medo dos ricos parasíticos.

Esses que se refugiam no investimento,
esperando que o povo lhes batam palmas.
Enriquecendo com a pobreza de um País sonolento,
enquanto nos vão adormecendo as almas.

Ora nos dominam pelo medo,
pois sabem que sua competência é uma farsa.
Políticos que nos embrulham no enredo,
de um dívida causada pela ganância de um seu comparsa.

Favores trocados por tachos milionários,
mesmo sabendo que os milhões eram para o povo.
Impõe roubos legais, tratando-nos como otários,
Julgando que a austeridade é um começar de novo.

Vivemos no meio de ladrões , vestidos de fatos,
com corte italiano, mas de estilo discutível.
Podes chamar-lhes ministros, autarcas ou deputados,
que o balde é incorruptível.

Retiram-nos percentagens do ordenado,
juntando-lhe uns subsídios à coleta,
impondo-nos tal qual a um condenado,
uma vida oprimida e obsoleta.

Mas depois falam-nos de um caminho,
que é difícil, necessário, mas nunca suficiente.
Um percurso careca, tapado por um capachinho,
onde nos vão escondendo a verdade que não mente.

A verdade! Eheheh que vontade me dá de rir,
cada vez que os oiço na televisão,
discursando palavras que não queremos ouvir,
ferindo-nos a inteligência numa espécie de sermão.

Eles é que tomaram opções que nos levaram ao nada,
apoiando-se numa gestão cega e indiferente.
Votos cedidos por uma esperança, roubada,
de indivíduos que não respeitam o trabalho da sua gente.

E depois pedem-nos que votemos,
que é aí que se vê a força da democracia.
Mas imediatamente nos arrependemos,
quando vimos que era apenas o poder que se queria.

Somos um povo burro, costumo dizer,
e como me custa ter este sentimento tão lusitano,
de julgar, essas criaturas adormecidas por um poder,
que não respeita a liberdade do ser humano.

Dia do Trabalhador, ou da Exploração Legal?,
Encapotada por uma economia capitalista.
Parvos somos por acreditar num Portugal,
gerido por gente cega, surda e fatalista.

Precisamos de líderes que escutem a razão,
de um povo que quer trabalhar, mas ver uma luz ao fundo.
Gestores competentes que endireitem esta nação,
que no passado conquistou o mundo.

Chega de gastar tanto latim,
com quem não merece nem uma letra.
Pessoas que se julgam superiores, mas que no fim,
não passam de uma espécie de treta.

Lutemos então por um País mais justo,
que orgulhe seja qual for a geração.
Lutemos por um futuro robusto,
que nos apazigue o coração.

Vivamos então, o hoje, com fervor,
não esquecendo todos estes trocadilhos.
Mas não vivam o amanhã com pavor,
pois temos de construir o futuro de nossos filhos.

Por agora, agarremo-nos à esperança,
ou ao sonho sem imposto por cobrar.
Iludemo-nos como se fossemos uma criança,
esperando por um final de encantar.

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