sexta-feira, 4 de maio de 2012

Cansei-me de ser persistente



Cansei-me de ser persistente,
e de tentar obter mais que uns minutos de prazer,
quando vejo que essa alma doente,
apenas quer acordar, para me tentar esquecer.
Já passou tanto tempo que essa atitude repetente,
já não dói, apenas, enoja a memória do meu ser.
Tempo de entrega de um amor resistente,
que acaba de desistir pela resistência do teu pseudo querer.

Quem é vivo sempre aparece, e eu certamente aparecerei,
algures, no caminho que traçaste para a tua vida.
Surgirei, nas lembranças dos momentos que te dei,
desaparecendo, tal como o gelo se dissolve na tua bebida.
E quando olhares para o copo, verás que partirei,
agradecendo com a cabeça em gesto de despedida,
afogando-me num liquido, avolumado pelo que chorei,
onde sinto que beberás a minha essência ferida. Perdida.

Embriaga-te em mim, quando sentires que é o fim.


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