terça-feira, 29 de maio de 2012

Quero escrever-te o que sinto


Quero escrever-te o que sinto,
seja em prosa ou em verso.
Abrir-te a alma a preceito,
no meu lado mais preverso,
E não penses que te minto,
quando te deito no meu leito.
Quero escrever-te o que sinto,
mesmo que o faça sem jeito.

Quero escrever-te o que sinto,
e não quero sequer repetir,
palavras que a tua boca ousou viver.
Prefiro ocultar sem mentir,
e seguindo a voz do meu instinto,
viver-nos sem a necessidade do doer.
Quero escrever-te o que sinto,
é só que te quero dizer.

Quero escrever-te o que sinto,
refugiando-me na verdade quotidiana,
e abrigar-me na palma da tua mão,
e no calor que dela imana.
Pois a realidade é que pressinto,
que a mentira exige invenção.
Quero escrever-te o que sinto,
sem ter que viver nessa dissimulação.

Quero escrever-te o que sinto,
enquanto contemplo um belo jardim.
Compondo através deste poema,
o fervor de um amor sem fim,
que desejo que nunca seja extinto.
E na brisa, cheiro a frescura da alfazema,
e procurando-a, perco-me em teu labirinto,
encontrando em teus lábios a solução deste meu problema.

Sem comentários:

Enviar um comentário