sábado, 26 de maio de 2012

Que vazio …


Que vazio, quando me magoas tanto,
com esse teu ar de felicidade.
Deixando-me a alma num pranto,
e perdido pelas ruas da cidade.
Primeiro, deitaste-me no teu manto
sagrado, e cheio de verdade.
Na mentira, fizeste de mim um santo,
que por ti engana a cada segundo de Saudade.

Vivo na dor entretanto,
por julgar que vives numa trindade,
pois o teu tempo não é mais que um canto,
cuja melodia se fechou na eternidade.
Sinto-me traído, trocado,
sem saber quem é o meu rival.
Sinto também que deixei de ser amado,
e que não passo para ti, de alguém banal.

É duro, duvidar do amado.
Viver naquela angústia trivial.
E é por essa vulgaridade, que ao ser tocado,
me sinto vazio afinal.
No fundo, sinto-me lesado,
Pois vivemo-nos de forma desigual.
Se queres que da tua vida saia, sairei magoado,
sabendo que nunca amei de forma igual.

Que vazio …

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