terça-feira, 8 de maio de 2012

Mais uma vez ...


Em cada dia que passa
e se conjuga em semanas
que perfazem os meses
dos últimos anos da minha vida,
verifico que andei a sonhar acordado.
Ao ouvir a dor que grita e se entrelaça
nas atitudes e decisões que emanas,
e no afastamento que impões vezes atrás de vezes,
percebo que a minha luta não pode ser infinita,
e que a ela não posso continuar agarrado.

Sinto que sou o único a lutar,
qual D. Quixote contra os moinhos de vento,
que na sua cruel insanidade,
corajosamente os enfrentou,
sempre ao lado do seu fiel escudeiro.
Se tens mais com que te preocupar,
e se nem nesses momentos te sirvo de alento,
o melhor é escutar a voz da realidade,
interiorizar aquilo que para ti sou,
e, por ti, deixa de mover o mundo inteiro.

Cada um escolhe o seu destino,
nas escolhas que faz,
nas vivências que o consomem,
e nas oportunidades que agarra,
perante o que a vida lhe oferece.
O meu tem sido o de um menino,
que na pureza de um rapaz,
já devia ser um homem.
Tem tido muita uva e pouca parra,
para o amor que ele de ti merece.

Hoje, acordei contigo!
Mais uma vez …
Vejo agora que o meu Amor te causa pressão,
e que já se apresenta fastidioso,
Então, porque ando em vão,
a viver na mentira de um amor que julgava grandioso.
Hoje, deitar-me-ei sem de ti nada ter vivido.
Mais uma vez …


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