Agora que não tenho olhos em mim,
quero dizer-te que os meus estão molhados,
invadidos por uma saudade sem fim,
de viajar em teus olhos pintados.
Ligo-te e não me atendes,
dando um ar de ocupada.
Ilusões que ainda vendes,
por teres medo de ser amada.
E refugias-te num silêncio surdo,
dizendo que me queres apenas assim,
e através do teu lábio mudo,
beijas o principio como um fim.
Que tortura este sentir,
esta forma de viver,
angústia escondida num sorrir,
que se oculta no meu escrever.
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