quinta-feira, 17 de maio de 2012

O que é que levas da vida?


O que é que levas da vida?
Aquilo que a vida te leva! Ou será, levou?
Dizias tu com uma cara de puto,
feliz com a graça dessa tua capicua.
Entretanto servias-me uma bebida,
gelada, e que em dois goles, sôfregos, acabou.
Preparando-te para receber em teu reduto,
Amigos, e fazer da sua alegria, a tua.

O que é que levas da vida?
Não sei! Mas sei aquilo que sou.
Uma personalidade feita de um requisito absoluto.
Uma profunda exigência que se banha na lua,
aguardando pela manhã, para nela encontrar a saída.
Anuência! Um chavão que na adolescência reinou,
suportado por alicerces fracos de um caráter bruto.
Fraqueza de espíritos que fortaleceu essa personalidade nua.

O que é que levas da vida?
Espero levar o melhor dela, sabendo que agora aqui estou,
e que o amanhã nunca será o substituto,
de um passado que não vivi, mas que se insinua.
Nós nascemos sem pedir, dessa dádiva surtida,
e morremos sem querer, num instante que desabou.
E que tal aproveitarmos esse intervalo diminuto,
levando dessa oferta a felicidade pura e crua.

Deixo-te esta sugestão, apenas como partida.
E para que nunca vejas no fim, o que não levas, ainda, desta vida.


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